Rita Dias no Festival da Canção – A entrevista |exclusivo|

Rita Dias foi um dos dois compositores selecionados pelo concurso aberto a todos os compositores portugueses ou estrangeiros a residir em Portugal, a cargo da Antena 1, para participarem no Festival da Canção 2018.

Rita Dias é autora, compositora e intérprete, nasceu em Coimbra, viveu no Brasil e atualmente reside em Lisboa. As suas canções são influenciadas pelas sonoridades da lusofonia, com o essencial da portugalidade.
Em 2013 juntou-se a quatro músicos portugueses a quem designou de “Os Malabaristas”, tendo editado o CD que se intitulou Com os Pés na Terra e o vídeo do primeiro single Choraminguice.
Em 2014 foi editado o vídeo A Gente Dura que consiste, como diz a cantora e compositora na sua página de facebook, um manifesto de resistência contra a perda de identidade, que defende a cultura e defende-nos a todos contra a ameaça da falta dela.
Neste vídeo intervêm, como num grito coletivo, a convite de Rita Dias: Carlos do Carmo, Eunice Muñoz, Paulo de Carvalho, Nuno Artur Silva, Celina da Piedade, Pedro Moutinho, Joana Seixas, António Macedo e José Fialho Gouveia (filho), entre muitos cidadãos anónimos que com ela cantaram na rua vídeo em baixo.

Rita Dias é a intérprete do hino da RTP Memória, o tema Se bem me lembro, cuja autoria divide com Filipe Almeida (vídeo em baixo).

Vamos passar a transcrever a entrevista que Rita Dias nos concedeu e que agradecemos, onde revela algumas coisas sobre a sua canção para o Festival da Canção 2018.

Festivais da Canção – A Antena 1 recebeu mais de 300 propostas para apenas duas vagas para o FC2018. Como reagiu quando soube que foi selecionada para participar no Festival da Canção 2018?
Rita Dias – Fiquei muito satisfeita, feliz. Além de ser um reconhecimento do meu trabalho por parte de um grupo de pessoas relevantes no meio musical, é uma oportunidade singular na carreira.

FC – Tem acompanhado os últimos Festivais da Canção?
RD – Sim.

FC – Quando foi a última vez que viu um Festival da Canção?
RD – 2017.

FC. – Que tipo de tema vai levar ao Festival da Canção?
RD – Vou levar um tema original, marcado por todas as experiências a que sou sujeita e a que me sujeito. O único catálogo é ser música portuguesa.

FC – Qual o conceito e estética musical que irá estar subjacente à sua proposta para a próxima edição do Festival da Canção?
RD – Como já respondi em cima, só dou um catálogo à música que faço: portuguesa. Eu sou portuguesa, mesmo sendo do mundo inteiro. A história e a estética da canção virão a ser conhecidas juntamente com todas as outras canções.

FC – Quem é ou irá ser o autor da letra do seu tema?
RD – Sou eu.

FC – Que título tem ou terá a sua canção?
RD – Saber-se-á no devido tempo.

FC – Para o próximo Festival da Canção a RTP deixou cair a obrigatoriedade de cantar em português, permitindo a cada equipa a escolha do idioma com que deseja concorrer. Qual é o idioma que a sua canção se vai apresentar no Festival da Canção 2018?
RD – Será cantada em português.

FC – Já tem intérprete para a sua canção ou vai interpretar o seu próprio tema?
RD – Saber-se-á no devido tempo também.

FC – O objetivo final do Festival da Canção é apurar uma canção que nos represente no Festival da Eurovisão. Tem assistido nos últimos anos ao Festival da Eurovisão?
RD – Alguns anos, sim.

FC – Qual foi o último ano que assistiu ao Festival da Eurovisão?
RD – 2017.

FC – Acompanhou a vitória de Salvador Sobral no Festival da Eurovisão deste ano?
RD – Sim.

FC – Quer comentar a canção portuguesa “Amar pelos dois” e a prestação de Salvador Sobral?
RD – A Luísa Sobral e o Salvador Sobral mudaram a história da música portuguesa, do Festival da Canção e da Eurovisão, pela força do seu amor à música e às pessoas.

FC – Porque nos últimos anos o Festival da Eurovisão é também imagem e espetáculo que podemos esperar da sua participação neste âmbito?
RD – Para já, posso dizer que serei fiel ao que a palavra e a música me pedem. Sinto-me ao serviço do que as canções exigem em cada momento.

FC – Qual é a sua canção preferida ou canções preferidas entre todas as que passaram pelos Festivais RTP da Canção?
RD – Não me esquecerei da canção “E depois do Adeus”, porque marcou a liberdade que tenho hoje, e da “Amar Pelos Dois”, porque me emocionou como nenhuma outra. Depois, há canções maravilhosas, que ainda hoje me dão muito prazer ouvir: “Desfolhada Portuguesa”, “Tourada” ou “Playback”.

FC – Este espaço é seu caso queira deixar uma mensagem para os nossos seguidores.
RD – Desejo que tenham gosto em seguir esta celebração, onde se juntam artistas de vários quadrantes, várias nacionalidades e várias gerações. A música tem o poder de unir as pessoas, salvando-as tantas vezes. É um bem renovável absolutamente necessário para a (con)vivência sã, quer individual, quer coletiva. Cuidemos dela e aproveitemos!

Agradecemos a Rita Dias a esta entrevista. Fique com alguns vídeos do seu trabalho.

Fonte: Festivais da Canção

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