🇵🇹 IRMA – A entrevista |exclusivo|

Irma Ribeiro nasceu em Lisboa a 15 de outubro de 1992. A sua identidade reflete muito da cultura angolana, devido a ser o país de origem dos avós com quem cresceu. Aos 12 anos começou a tocar guitarra e não mais parou até aos dias de hoje, começando a aventurar-se também na escrita de canções. Estudou na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, onde concluiu em 2011 o curso de Artes Performativas. Tem um filho pequeno, Moa, nascido em 2017, fruto do seu relacionamento com o ator Filippo Fiumani, conhecido pela sua participação na novela Água de Mar.
Aceda aqui à biografia de IRMA elaborada por nós.

Passamos a publicar a entrevista que IRMA amavelmente nos concedeu e que agradecemos.

Festivais da Canção – Que significado tem para si pisar o palco do Festival da Canção?
IRMA – Para mim é um privilégio enorme ir ao Festival da Canção, porque faz parte da minha infância, faz parte da minha vida. Sempre vi o Festival da Canção, cresci com os meus avós a verem e a viverem o Festival da Canção. E para mim dá um sentido muito grande à minha vida como artista, como compositora, passado tão pouco tempo de eu estar a lançar as minhas coisas, eu ser considerada uma compositora e merecer estar neste lugar.

FC – Como encarou e surgiu o convite para participar no Festival da Canção 2021? Como reagiu a esse convite?
IRMA – Eu recebi o convite pela minha agência, pelo meu manager e não queria acreditar! Eu não queria acreditar, achava que tal como disse na resposta anterior, não achava que tão cedo ia ser considerada ou que ia ser vista como compositora e merecedora deste lugar. Fiquei muito, muito feliz! Fiquei com um bocadinho de medo, porque exige muita coragem e acho que é uma situação frágil ao mesmo tempo, quando nós pomos um bocadinho da nossa criatividade e do nosso trabalho e mostramos ao público. Neste caso tem um sabor diferente, porque de repente estamos a levar uma canção pelo nosso país, e estamos a fazê-lo todos juntos, é uma canção que parte de mim, mas que é nossa, é do país, e isso é uma responsabilidade muito grande.

FC – Quais são as expectativas para esta edição do Festival da Canção?
IRMA –
Estou muito otimista, acho que este grupo é maravilhoso, somos amigos. Há muita gente que se conhece aqui, há muitas pessoas que trabalharam nas várias canções que são amigos, que trabalharam em várias canções desta edição. Acho que vamos partilhar bons momentos, tanto nos ensaios, como nos dias das semifinais e acho que vai ser uma edição muito especial. Eu pelo menos admiro o trabalho de cada um dos intérpretes e dos compositores e é um privilégio estar ali.

FC – Descreva-nos a mensagem patente no tema de que é autora.
IRMA – Livros é uma canção que surgiu duma conversa entre duas pessoas, que falavam sobre o amor e sobre as história de amor, e esta questão de quando é que nós sabemos que o amor que nós vivemos é o amor que nós sonhámos viver. Na verdade, no início, quando eu a escrevi era um dueto, porque eram duas pessoas a conversar. Entretanto percebi que não ia levar ninguém, que ia só eu e tive de mudá-la toda para a primeira pessoa. Mas esta canção na verdade surgiu de um desabafo de alguém, portanto uma conversa entre duas pessoas.

FC – Em que se inspirou para o título do tema?
IRMA – O título do tema veio disto, porque a canção fala do amor que existe dentro dos livros e pronto decidi chamar Livros.

FC – Fale-nos da sua canção e em que género ou estética musical pode incluí-la?
IRMA – Não sei bem! Eu tentei desconstruir um bocadinho a balada que ela se estava a tornar no início e continuou uma balada, mas tentei desconstruí-la, tentei por uns coros distorcidos, pitchados, tentei usar autotune em alguns coros, para a tornar tanto orgânica quanto eletrónica. Portanto não sei bem onde encaixá-la.

FC – Na Eurovisão e no Festival da Canção só são permitidos seis elementos em palco. Quantos elementos irão estar em palco no seu tema e que funções desempenharão?
IRMA – Vou estar só eu!

FC – Qual é o estilista que vai cuidar da sua imagem no Festival da Canção?
IRMA – Eu estou a trabalhar com uma stylist e uma estilista. A stylist é Lafayette e Donna Noir é uma estilista que está a desenhar o meu fato, consoante a visão que temos.

FC – Este ano a RTP continua a optar por um modelo de votação, em que a escolha dos finalistas irá ser por televoto e por votação de um júri de sala. Concorda com este método de votação? Porquê?
IRMA – Sim concordo, claro, acho que o Festival é de toda a gente. Acho que tanto o júri tem que fazer parte, porque está a ver ao vivo e é conhecedor de música e sabe do que está a falar, e as pessoas porque é uma música, porque na verdade uma daquelas canções irá representar o nosso país e é justo e democrático que toda a gente possa escolher essa canção.

FC – Porque nos últimos anos o Festival da Eurovisão é também imagem e espetáculo, o que podemos esperar da vossa participação neste âmbito?
IRMA – Não sei, ainda é uma coisa aberta e que não tenho uma resposta exata. Acho que a atuação ao vivo por si só é diferente, é sempre diferente ouvir ao vivo do que ouvir com uns phones. Eu sinceramente ainda tenho as minhas ideias em aberto, mas eu espero que vocês gostem.

FC – Conhecidos os intérpretes das 20 canções deste Festival com qual dos restantes 19 gostaria de fazer um dueto (extra-concurso), caso isso lhe fosse proporcionado?
IRMA – Eu adorava fazer um dueto com o Pedro da Linha, mas ele é compositor. Adorava fazer um dueto com o Eu.clides, com o grupo The Black Mamba, com a Carolina Deslandes, com a Tainá, com alguns.

FC – Tem acompanhado os Festivais da Canção? Quando foi o último ano que viu um Festival da Canção?
IRMA – Eu confesso que o ano passado não estive muito atenta ao Festival da Canção, vi algumas atuações, mas não segui mesmo, mesmo a fundo. 

FC – E da Eurovisão?
IRMA – A última memória que tenho assim de ver a Eurovisão toda, toda, do principio ao fim, a fundo foi quando levámos o Salvador.

FC – Qual é a sua canção ou canções preferidas entre todas as que passaram pelos Festivais da Canção?
IRMA – O Amar Pelos Dois [Salvador Sobral] é inevitável, adorei a do JP Simões [Alvoroço], deste ano adoro a canção do Eu.clides, da Carolina Deslandes, da Tainá e do grupo The Black Mamba, são as minhas preferidas!

FC – Complete a frase “Representar Portugal em Roterdão seria…”
IRMA – … um privilégio.

FC – Este espaço é seu para divulgar o seu tema e a sua equipa, poderá escrever algumas linhas para divulgar a sua canção.
IRMA – A minha canção é uma canção que fala sobre esta procura pelo amor dos livros, por um amor que nós sonhamos e fala também de que não faz mal questionarmo-nos sobre isso. É importante fazermos uma revisão da nossa vida, e não falo só do amor entre duas pessoas, falo mesmo sobre os nossos sonhos. Será que eu estou a guiar bem a minha vida? Será que eu estou a fazer as escolhas certas? A trabalhar naquilo que eu quero? A sonhar alto e justo como deveria ser? É sobre isto. Obrigada.

Fique com o tema Livros que tem letra e interpretação de IRMA e música de IRMA e Pity.

Fonte: Festivais da Canção, IRMA

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