A canção com que hoje homenageamos o 25 de Abril de 1974 emergiu na revista P’ra Trás Mija a Burra que esteve em cena no Teatro ABC, no Parque Mayer, em Lisboa, em 1975.
Uma revista que teve encenação de Rogério Paulo e contou com atores como Ivone Silva, Ribeirinho, Anabela, Paulo Renato, Vera Mónica, Luís Mascarenhas, Joel Branco, Simone de Oliveira, Lourdes Lima, Carlos Cunha e Nuno Emanuel.
A canção que hoje aqui trazemos – Mulher Presente – é uma ode à mulher que na época estava em franca e acentuada desigualdade de direitos. Esta canção é um grito pelos direitos da mulher, o direito a a ser ela própria e quem melhor que Simone para dar voz a este tema? Ninguém.
Uma canção com letra de Ary dos Santos e música de Fernando Tordo.
Nesta revista Simone interpretou também os temas O Trabalho e É Tarde Meu Amor.
Aceda aqui à nossa homenagem a Simone de Oliveira.
Na canção que eu hoje trago
Digo tudo o que eu quiser
No passado deixo um cravo
Planto outra flor qualquer
O meu jardim é ser enfim mulher
Sofri fui escrava e fui mansa
Mas agora posso erguer a cabeça e dar flor
Parir um filho de esperança
Que é livre e é nosso e nasce da seiva do amor
Lutei com que armas não sei
Mesmo na desgraça ergui a cabeça e lutei
Senti a força da raça de um povo que passa
Depois de ser escravo a ser rei
Na canção que eu hoje vivo
Cabe tudo o que ei disser
A palavra amante e amigo
A fúria de viver
Cantando assim eu sou por fim mulher
Sofri fui escrava e fui mansa
Mas agora posso erguer a cabeça e dar flor
Parir um filho de esperança
Que é livre e é nosso e nasce da seiva do amor
Lutei com que armas não sei
Mesmo na desgraça ergui a cabeça e lutei
Senti a força da raça de um povo que passa
Depois de ser escravo a ser rei
Fonte: Festivais da Canção
festivaiscancao.wordpress.com 