Bruno Vasconcelos em entrevista | Canção: Austrália | SF1

Bruno Vasconcelos é o intérprete da canção Austrália, com letra de Samuel Úria e música de Nuno Rafael que foi o compositor convidado pela RTP.
Esta canção vai subir ao palco na primeira semifinal do Festival da Canção que terá lugar a 18 de Fevereiro nos Estúdios da RTP, em Lisboa.

Passamos a publicar a entrevista que Bruno Vasconcelos nos concedeu a propósito da sua participação no Festival da Canção.

Festivais da Canção – Que significado tem para si pisar do palco do Festival da Canção agora como solista?
Bruno Vasconcelos – Tem um significado especial. Este ano, em particular, porque graças à canção e interpretação dos irmãos Sobral, vamos receber a Eurovisão em Portugal e então há um clima de frenesim positivo à volta da edição deste ano.

FC – Como encarou e surgiu o convite do seu compositor para participar no Festival da Canção deste ano?
BV – Quando o Nuno Rafael me ligou não fazia a menor ideia do que aí vinha. Nós já nos conhecemos há alguns anos e temos trabalhado juntos em projetos muito interessantes e é sempre uma grande animação quando trabalhamos juntos. Temos uma boa ligação criativa. O Nuno já me conhece bem a cantar e conhece bem as minhas referências. Quando me disse que se tinha lembrado de mim para um tema que tinha composto para o festival, sabia que era um convite que tinha sido ponderado e que aquilo que ele teria em mente iria fazer todo o sentido. E assim foi, quando ouvi o tema percebi que aquele imaginário estava completamente na minha zona de conforto. A letra do Samuel Úria foi a cereja no topo do bolo.

FC – Como reagiu?
BV – Foi um processo em 3 tempos: primeiro fiquei surpreendido e com uma curiosidade imensa de conhecer o tema; depois fiquei mais introspetivo pois representava uma nova experiência para mim porque nunca fui interprete nestes moldes “de ser convidado a cantar”; por fim, fiquei extremamente contente e agradecido ao Nuno Rafael por me ter convidado a entrar neste barco.

FC – Quais são as expectativas para a sua canção neste Festival?
BV – Num festival com tantos músicos com carreiras sólidas e alguns que conhecemos tão bem e que admiramos, é proibido fazer expectativas relativamente ao sucesso do tema que levamos. O festival, nestes moldes, mais do que um concurso é uma mostra dos artistas nacionais e muitos que não têm que provar nada a ninguém. Quando recebi o convite, uma das questões que tinha que resolver interiormente era o de me expor à situação de aprovação ou reprovação de um público e de um júri à frente de milhares de pessoas. A verdade é percebi que o festival, para mim, é mesmo isso: um festival e não um concurso. Portanto… estou com zero expectativas. Vai ser um momento de encontro entre músicos portugueses e espero que o ambiente seja tão ou mais saudável como foi na edição do ano passado.

FC – Fale-nos da sua canção e tente enquadrá-la num ou em mais dos estilos musicais existentes.
BV – Prefiro deixar essa interpretação para quando ouvirem a canção pela primeira vez.

FC – Qual o estilista que vai cuidar da sua imagem no Festival da Canção?
BV – Não faço ideia… Estou em contacto com uma pessoa, a Rita, mas não sei qual o estilista.

FC – Na Eurovisão e no Festival da Canção só são permitidos seis elementos em palco. Quantos elementos irão estar consigo no palco e que funções desempenharão?
BV – Ainda estamos a decidir o formato.

FC – Conhecidos os intérpretes das 26 canções deste Festival com qual dos restantes 25 selecionaria para fazer um dueto (extra-concurso), caso isso lhe fosse proporcionado?
BV – Faria um dueto com o JP Simões ou com a Joana Espadinha. Admiro as vozes e a música que fazem.

FC – A RTP decidiu dar liberdade na escolha do idioma para apresentar os temas a concurso. Há quem defenda que para se triunfar na Eurovisão teríamos que apresentar um tema em inglês, no entanto, outros referem que se deve cantar sempre na nossa língua, defendendo assim as nossas tradições e identidade. Em qual destas duas correntes se insere?
BV – Não tenho grande opinião sobre esse assunto. Sou a favor da liberdade de expressão artística e, no caso da música, a língua faz parte do arranjo. Se um compositor está mais confortável a escrever numa determinada língua, acho que deve fazê-lo se assim o entender.

FC – De todas as canções que passaram pelos Festivais RTP da Canção (vencedoras ou não) qual ou quais delas um dia gostaria de interpretar na sua própria versão?
BV – Há temas que passaram pelo festival da canção que por algum motivo ficaram mais cravados na minha memória como a Desfolhada, Tourada e o tema E depois do adeus. São canções muito fortes interpretadas por grandes vozes. Mas se tivesse que escolher um, talvez Sol de Inverno.

FC – Complete a frase: “Representar Portugal na Eurovisão, em Lisboa, seria…”
BV – Seria uma honra e uma pilha de nervos.

FC – Costuma ver habitualmente os Festivais da RTP da Canção e ou da Eurovisão?
BV – Deixei de ver há algum tempo. Deixei de me rever na abordagem dos temas que participavam.

FC – Este espaço é seu publicite/promova a sua canção em algumas linhas.
BV – O tema que vou interpretar questiona algumas leis da física.

Agradecemos Bruno Vasconcelos a concessão desta entrevista.

Fonte: Festivais da Canção | Entrevista de Carlos Portelo

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