Mariana Bragada em entrevista |exclusivo|

Mariana Bragada é uma das intérpretes que vai estar presente no Festival da Canção 2019, tendo sido a vencedora do concurso Masterclass promovido pela Antena 1. Será a terceira a desfilar na segunda semifinal, dia 23 de fevereiro, com o tema Mar Doce, composto por ela própria. Depois de termos estado à conversa com a cantora na Conferência de Imprensa (ver aqui), publicamos agora a sua segunda entrevista ao nosso site. Para saber mais acerca de Mariana Bragada aceda à sua biografia aqui.

Passamos a publicar a entrevista que Mariana Bragada nos concedeu.

Festivais da Canção – Como encarou e surgiu o convite para participares no Festival da Canção deste ano depois de teres participado na Masterclass da Antena 1?
Mariana Bragada – O convite para participar no Festival da Canção foi uma surpresa para mim! Não sabia que através do Masterclass poderia ter essa oportunidade mas quando me convidaram fiquei obviamente feliz e grata por me escolherem e acreditarem no meu potencial.

FC – Como reagiu a esse convite?
MB – Não estava à espera do convite mas fiquei muito feliz com esta oportunidade única que me ofereceram e, apesar de ser um desafio novo para mim, decidi crescer com ele e aceitar o convite.

FC – Que significado tem para si pisar o palco do Festival da Canção?
MB – Para mim significa, primeiro que tudo, sair da minha zona de conforto, sendo que não tenho qualquer experiência televisiva, é um novo desafio que estou a abraçar. É também um lugar novo neste meu caminho e um sitio especial para eu poder estar e partilhar a minha música, sabendo que o Festival da Canção tem uma história e relevância grande em Portugal e é um espaço onde tantos outros músicos já passaram por aqui. Por isso estou bastante entusiasmada e grata por poder pisar este palco.

FC – Quais são as suas expectativas para esta edição do Festival da Canção?
MB – As minhas expectativas são de partilha, empatia e crescimento pessoal e musical. Espero que o público possa conectar com a minha música e senti-la da sua própria forma e que possamos crescer juntos nesta viagem. 

FC – Fale-nos da sua canção e em que género ou estética musical pode inclui-la?
MB – Sinceramente não gosto de definir o meu estilo de música porque está em constante mudança e é sempre uma mistura de vários géneros musicais que ouço. Neste caso penso que tem uma atmosfera bastante calma e que convida a cada um ir para o seu mar interior. 

FC – Descreva-nos a sua canção do ponto de vista poético.
MB – A minha canção, apesar de falar do mar, fala das emoções, de amor próprio e de estar em paz connosco. Fala de ser verdadeiro e genuíno à essência. Assim como o mar está em constante movimento e mudança é essa mutação que define a sua própria identidade e a sua essência não muda. É uma canção sobre reconciliarmo-nos connosco e amar-mos quem nós somos.

FC – Em que se inspirou para o título do tema?
MB – O título do tema é o primeiro verso da canção e penso que essa linha de abertura é o essencial e a porta para o resto da música. “Mar doce, sem lágrimas salgadas minhas”, um mar sem mais tristeza, um mar em paz com as suas mutações.

FC – Qual é o estilista que vai cuidar da sua imagem no Festival da Canção?
MB – Ainda está em processo, assim que estiver definido aviso! 

FC – Na Eurovisão e no Festival da Canção só são permitidos seis elementos em palco. Quantos elementos irão estar consigo em palco e que funções desempenharão?
MB – Comigo em palco vão estar mais três cantoras no coro.

FC – Conhecidos os intérpretes das 16 canções deste Festival com qual dos restantes 15 gostaria de fazer um dueto (extra-concurso), caso isso lhe fosse proporcionado?
MB – Gostaria muito de trabalhar com a Surma pois sinto que é com quem o meu estilo musical está mais próximo e é alguém que já conhecia, ouvia e gosto bastante das músicas dela!

FC – Tem acompanhado os Festivais da Canção? Quando foi o último ano que viu um Festival da Canção?
MB – Só há dois anos atrás é que tenho vindo a acompanhar mais o Festival da Canção, especialmente porque tenho amigos que gostam e seguem este Festival e também porque conheço o trabalho e pessoalmente algumas pessoas que já participaram.

FC – E da Eurovisão?
MB – Há dois anos também, tanto o Festival da Canção como a Eurovisão.

FC – Este ano a RTP decidiu optar por um modelo de votação, em que a escolha dos finalistas irá ser por televoto e por votação de um júri de sala. Concorda com este método de votação? Porquê?
MB – Sim, parece-me um método justo em que tanto o público como o júri tem escolha.

FC – A RTP decidiu dar liberdade na escolha do idioma para apresentar os temas a concurso. Há quem defenda que para se triunfar na Eurovisão teríamos que apresentar um tema em inglês, no entanto, outros referem que se deve cantar sempre na nossa língua, defendendo assim as nossas tradições e identidade. Em qual destas duas correntes se insere?
MB – Pessoalmente, nas minhas músicas eu canto tanto em inglês, em português ou até em espanhol. Acredito que a música vai para além do idioma e que há algo de universal nela. Não é por cantarmos noutro idioma que não o nosso nativo que não estamos a ser fiéis ao nosso país ou a nós. Cada um expressa-se de formas diferentes e penso que cada um deve fazer o que acredita e acho óptimo haver essa liberdade de escolha de idioma.

FC –  De todas as canções que passaram pelos Festivais da Canção (vencedoras ou não) qual ou quais delas são as suas preferidas?
MB – JP Simões – “Alvoroço”, Catarina Miranda – “Para Sorrir Não Preciso de Nada”, Janeiro – “(sem título)” e Salvador Sobral – “Amar pelos Dois”.

FC – Complete a frase “Representar Portugal em Telavive seria…”
MB – … uma experiência única.

FC – Este espaço é seu para divulgar o seu tema e a sua equipa, poderá escrever algumas linhas para divulgar a sua canção.
MB – Antes de mais um grande obrigado aos meus amigos, à minha família, a quem tem acompanhado o meu trabalho e a quem ajudou a concretizá-lo por todo o apoio! Mais especificamente Margarida Ferreira e Clara Buser pelo apoio musical, ao estúdio Viagens a Marte e à Antena 1! Quanto à canção, espero que ouçam de coração aberto e que se permitam viajar no vosso interior sem medo! É com muito carinho que apresento esta música, sendo a primeira que gravei em estúdio e que eu estou entusiasmada por partilhar! Mesmo com todas as mudanças, mantemo-nos fieis a nós mesmos.

Agradecemos a Mariana Bragada toda a disponibilidade para esta entrevista e desejamos-lhe muita sorte na sua participação no Festival da Canção. Fique em baixo com o tema Mar Doce que irá interpretar na segunda semifinal.

Fonte: Festivais da Canção | Entrevista de Miguel Meira e de Carlos Portelo

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